domingo, 31 de outubro de 2010
Homem na cozinha.
Estava conversando amenidades com uma colega, quando o celular dela toca. Era o seu marido do outro lado. Segue o diálogo:
-- Oi F. E ai, tudo bem por ai?
-- Tá sim amor. Mas, aconteceu uma coisa muito estranha.
-- O que aconteceu?
-- O arroz.
-- A sim, você conseguiu fazer o arroz pra o almoço?
-- Então, é isso. O arroz.
-- Que tem o arroz F.
-- Eu coloquei pra cozinhar.
-- E...
-- Eu acho que ele tá estragado. Tá esquisito!
-- Ué. Como assim amor?
-- G. Eu não sei. Ele tá meio preto. Tá estragado, essa porra!
-- Amor! Eu não acredito. Você cozinhou o arroz integral amor.
-- Eu mermo não!
[hahahahahaha...]
sábado, 30 de outubro de 2010
Sempre!
— Snoopy, essa tem sido uma péssima semana pra mim.
— O que você pode fazer quando tudo parece sem esperança?
*beijo*
— Isso é um bom conselho!
— O que você pode fazer quando tudo parece sem esperança?
*beijo*
— Isso é um bom conselho!
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Meu nome é Marcela
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ai papai! É chorar de rir.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Arrume o seu quarto. Vá por mim.
Quer um conselho?
Eu poderia dizer: não se apaixone, ou se apaixone. Não tome decisão precipitada, ou "vá nessa, embarque! Não chore, não coma carne de porco, ou até mesmo, não curta música brega.
Mas, se ainda quer um conselho, eu te dou. Arrume o seu quarto!
Certo dia, ouvi dizer que: "quando o seu quarto está bagunçado, a sua vida também está." Até que ponto isso é verdade eu não sei [ou até mesmo sei rs...]. Eu não sou de acreditar em superstições, eu acredito em Deus, isso sim. Acontece que, desde segunda feira, dia 25/01/0 a minha vida deu uma verdadeira guinada de 180°, e graças a Deus, para muito melhor. Não sei se por coincidência [dizem que nada é coincidência], domingo agora, dia 24/10, eu arrumei o meu quarto.
Ele realmente estava terrivel. Bagunçado, desorganizado, todas as coisas fora do lugar. Assim como minha vida. Principalmente no ambiente familiar e amoroso.
No aspecto amoroso, era verdadeiramente lamentável. Ver duas pessoas que ainda se amam, caminhando para lados opostos é muito triste. A certo tempo, nós não nos entendíamos. AMBAS sofremos muito. Eu por querer insistir em uma relação, aparentemente sem futuro e ela por estar em duvidas do que sentia. Por diversas vezes, teve a certeza de que não era eu que ela queria. E numa dessas certezas, resolvemos, ou melhor, ela resolveu acabar tudo. Tivemos a coragem necessária, e colocamos um ponto final em nossa história. E isso aconteceu o ultimo sábado. [post anterior].
No ambiente familiar, eu vivia um completo caos. "o caos reina - Las Von Trier"
Desde que assumi a minha bissexulidade/homossexualidade, causei uma tremenda dor nas pessoas que mais amo. Minha irmã, meu pai e MINHA MÃE. E desde então, realmente, o caos reinou em minha casa. Minha familia ruiu. Eles não aceitaram, não entenderam. Perdemos completamente o diálogo, o contato, o vinculo. E eu, me isolava a cada dia. Ao voltar do trabalho, me encaminhava para o quarto, e de lá apenas saia no dia seguinte, pra voltar a trabalhar.
A razão da minha vida, minha mãe, mau olhava pra mim. Esbarrávamos pela pequena casa, trocávamos algumas palavras e só. Em meu silêncio, eu compreendia a sua dor de mãe. Realmente não é fácil, para uma mãe ver seu filho [a] amado [a] fugindo dos "corretos padrões" que a sociedade impõe, e ela segue como um cão fiel.
Eu sofri também com tudo. Imagine você, ouvir no meio da noite o choro e palavras constantes: "meu Deus, por que?" Ela não se conformou. E acredito que nunca irá. Com o fato de eu ter jogado um casamento pra o alto, e querer viver como eu realmente quero. E para mim, isso é compreensível. E então, foram seguindo os dias, semanas e meses. Torturantes.
Domingo agora, resolvi contar tudo para uma pessoa muito especial em minha vida. Ela ainda não sabia o que havia ocorrido. Minha prima, uma verdadeira irmã pra mim. Mesmo sem saber da sua reação, enchi os meus pulmões e contei. Ela chorou. Assumiu de que pra ela também foi um choque. Mas ela me apoiou. Me abraçou, me respeitou, me enxergou e me encontrou. Pois, até então eu estava completamente perdida. E ter o seu apoio de SANGUE foi fundamental pra mim, pra aliviar um pouco da angustia que eu sentia. Sei que o seu amor por mim, jamais irá acabar e que poderei contar com ela, sempre!
Neste mesmo dia, ela resolveu ter uma conversa com minha mãe. Entre lágrimas e vinho tinto, ela disse que nada havia a ser feito, a não ser, respeitar, apoiar. Pois agora mais do que nunca, eu precisava do respaldo da familia. Para que assim, eu não me perdesse de vez.
Enquanto isso, e seguindo o seu conselho, fui limpar o meu quarto.
-- Você sabe. Quarto bagunçado, atrai coisas ruins.
Limpei o chão, troquei os lençóis, pus os livros e DVD's em seus devidos lugares, limpei as estantes e prateleiras. Limpei tudo! Logo, o meu dia acabou. Fui dormir vazia e sem perceptivas. A semana seria tão somente a mesma da anterior.
E assim começou. Segunda feira, trabalho, papéis, documentos, chefe, pendências. Nem ví o dia passar. Eu já vem via a VIDA passar.
Quando as 16:32 desta linda segunda-feira, meu celular chama. Inevitável não sorrir com a trilha sonora da Paola Bracho tocando alto. Olhei no visor, e surpreendi. Era Bárbara. Ligou pra me dizer algo que a muito não ouvia, e sempre esperei.
-- Amor? Quero te ver.
-- È mesmo? Isso é bom. Mas teremos que esperar sábado que vem.
-- Eu sei. [ silêncio] Amor?
-- Oi.
-- Eu não queria ter terminado com você. Eu realmente percebi, que É VOCÊ. É você quem eu quero, e ninguém mais! Eu amo você, e quero voltar. Se assim você quiser, claro.
Depois de um breve momento de vertigem [isso mesmo, eu tive uma vertigem], abri um largo sorriso [desses que só eu sei dar] ainda confusa e incrédula. Aquela mulher, que eu tanto amo, me dizia agora o que eu mais desejei ouvir. E depois de conversar, decidimos reatar. Quem me conhece, já pode imaginar a cara de boba que eu fiquei a tarde inteira. ELA HAVIA VOLTADO PRA OS MEUS BRAÇOS. E agora, confiante de que não pretende sair tão cedo.
Mas o melhor, ainda estava por vir. Agora, eu irei narrar cronológicamente e minuciosamente os fatos.
No caminho de volta pra casa, após o trabalho, parei numa loja de artigos variados, pra comprar uma caneta. Permaneci no lugar uns quinze minutos, enquanto papeava com a proprietária. Reparei que no lado esquerdo do balcão. Reparei que ao lado esquerdo do balcão da loja, havia uma grande variedades de cartões. De amizade, amor, aniversário, evangélicos e ... para mães. Não sei o que me deu. Pensei em comprar um cartão e entregar a minha mãe, mesmo com a incerteza de sua reação. Se iria gostar ou achar que eu estou fazendo média. Contudo, senti uma avassaladora vontade de dar este pequeno gesto de agrado de filha, sem esperar nada em troca. O cartão dizia: "mãe,a única pessoa no mundo que vai realmente sentir as minhas dores e sorrir com minhas alegrias." Peguei a caneta que havia comprado, e dediquei o cartão.
Eu não lembro exatamente as palavras que usei, mas disse que, assim como ela eu estava sofrendo muito! Que o que mais queria no mundo, era o seu perdão e seu carinho de volta. E que um dia, possamos diálogar sobre tudo e qualquer coisa. E por fim, que eu a amava demais.
Cheguei em casa, e entreguei o cartão. Ela leu. E quando se voltou pra mim, seus olhos estavam inundados, assim como os meus. Então, me abraçou e me disse:
-- Eu te PERDOO filha! Só não me faça sofrer mais. E tome muito cuidado, evite sair tanto. O mundo lá fora é muito perigoso.
Ouvir aquilo, foi um verdadeiro bálsamo para minhas feridas abertas. Eu obtive o perdão da pessoa que mais amo no mundo. E que um dia, magoei demais. Ficamos abraçadas durante minutos. Meu coração completamente disrritmado e meu corpo protegido em seus seguros braços.
Depois, ela foi pra cozinha, reclamando por eu não estar me alimentando bem. Fez meu jantar. [coisa que já era rara de acontecer rs...]
Em seguida, encheu meu quarto com sua presença e disse: " não use roupa de homem não viu? Use maquiagem! Você fica linda de maquiagem!"
Então sorri. E respondi: "Tá certo mainha. Pode deixar"
E desde então, os meus dias estão MARAVILHOSOS. Tenho o apoio incondicional da minha prima/irmã, e ela foi peça fundamental pra que essa reconcialiação tivesse ocorrido.
O meu amor, voltou pra os meus braços, em TODOS OS SENTIDOS [estamos muito felizes. Te amo Bárbara!]
E o melhor: Estou reconquistando a MINHA MÃE!
Eu já disse que não sou supersticiosa. Tenho fé em Deus. E peço que ele olhe por mim, todos os dias.
Mas, se ainda quer um conselho...
Não custa nada. ARRUME O SEU QUARTO!
Recife, 27 de outubro de 2010.
R.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Ah, Paola.
Hoje me bateu uma sindrome de Paola Bracho! Saudade dela cara. No blog Conversa Miúda anterior [que Deus o tenha] tinha um post linnnnnnnnnnndo falando dela. Pense numa mulherzinha safada. Pensou? Paola era três vezes mais. Mas, sem perder o humor, claro e evidente. Opa opa... não há safadeza de Paola em mim não heim. Não mesmo. Até que to quetinha, santinha, inha... inha.
É que, depois de tantos dias [e põe dias nisso] com a sensibilidade mega aflorada e depois de ter chorado litros, acordar um dia BEM, tranquila, sorrindo cinicamente, chamando de a chefe de linda e gata, saí por ai dando oi e tchau pra todo mundo... bom, essas coisas, me deu um up, sabe. Entre outras coisas mais. [não. os peitos vai de cilicone. kkkkkkkkk']
Sei lá, lembrei dela. Da diva. Da Paola. Mesmo sendo uma cruel e carrasca [coisa que eu JAMAIS serei] a Paola brilhava. Iluminava. Se desprendia de conceitos. Era "queridinha" pra cá e pra lá. E por hoje, eu tô assim. Um pouquinho Paola. Não tentando rir, mas rindo. Não tentando gargalhar, mas gargalhando. não tentando mangar, mas mangando mermo do pobre fudido do lado. [não, eu não sou perversa.]
Ahhhh Diva!
Eterna.
[porém confesso.... ah não, não tenho nada pra confessar. me liguem, que talvez eu diga.]
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Humor. :D
Ahhhh.... O Conversa Miuda antigo, que Deus o tenha, era muito, muiiiito melhor que este. Ah gente, fato é fato. Acho que este, tá faltando humor!!! Humorrrr.... segue esse gif então!
bjkitas roliças!
bjkitas roliças!
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Por Amor, ou por Besteira?!
A menina esperava seu homem chegar
E olhava todo dia a linha do mar
Ele só quer escutar o que ela quer dizer
Ela sabe do desejo do seu coração
Aí ela disse: vai querer?
O menino esperava sua mulher chegar
E andava todo dia em cima do mar
Ela só quer escutar o que ele quer dizer
Ele sabe do desejo do seu coração
Aí ele disse: por amor, ou por besteira?
domingo, 17 de outubro de 2010
Traição.
A Traição.
A traição
Que guardo entre os dedos da mão
Me leva, me guia
Me deixa na estrada
Dos passos passados por mim
A traição
E no fim do caminho o perdão
Uma curva escondida
Entrada e saída
Vontade perdida de amar
Você surgiu
O céu caiu
Sem estrelas, sem Deus
Seus olhos fecharam nos meus.
A traição
Nas batidas do meu coração
Me leva, me guia
Assim, como um rio
Que segue meu destino sem mim
Você surgiu
O céu caiu
Sem estrelas, sem Deus
Meus olhos fecharam nos seus
Sempre haverá, uma nova paixão
Somos tudo que vamos perder
Amores demais, que vem e que vão
Tantas canções pra esquecer
Você surgiu
O céu caiu
Sem estrelas, sem Deus
Seus olhos fecharam nos meus
Tantas canções pra esquecer....
******
Nossa. Essa música é muito, muito forte. Estava eu, voltando pra casa, de um encontro MARAVILHOSO com a minha namorada, comemorando três meses de namoro, bodas de algodão doce *-*, no ônibus ouvindo Carol [Ana Carolina para os menos íntimos], aí paro nessa música. Dela, já tinha tirado até umas frasezinhas pra colocar no orkut. Mas nunca parei messssssmo pra ouvir. E ouvi. E entendi cada palavra. Resolvi então escrever umas mau-traçadas linhas sobre o assunto.
Eu já trai. E já fui traída. Isso não é nada digno. Nem pra quem trai e nem pra quem é traído. É terrível. Sim, é. Me colocando na segunda opção posso dizer que pra mim, sempre pesa mais a mentira. Não traição em si. Ele ou ela vai lá, pega alguém. Sim, e daí? E isso não me diminui, simplesmente por esse fato. Mas a mentira, ahhhh meus leitores, aí sim, o bicho pega. O sexo é apenas um detalhe, uma conseqüência. O problema é o que vem antes. É toda aquela conversa, todo aquele olhar, e todo aquele tesão. O problema é "querer" outra pessoa. É não pensar em quem está ao seu lado. Sim, falo do namorado, namorada, marido, mulher. É esquecer completamente da sua existência. O problema maior é a traição do sentimento, do pacto, da aliança, do vinculo. Por que, quando se trai, não se trai a pessoa. Ela nem sabe, o que tá acontecendo. Tá em casa, ou no trabalho. Nem sabe. Não sente dor. Nada acontece. Mas quando se trai, se trai o coração. O que foi combinado entre ambos. O amor. E isso sim, é que dói. A mentira. Então, eu descobri que quando a gente trai, a gente se trai. A gente mente pra gente mesmo. A gente se machuca.
Perdoar uma traição?
Sim, eu perdoo. Já perdoei algumas. Mas não perdoo facilmente essas outras coisas. A quebra desse pacto. Seria muito dificil olhar pra quem amo, e saber que ela, por um segundo, traiu o sentimento que temos.
Quando a gente trai, a gente acha que tá fazendo mau a outra pessoa, mas na boa, a gente se fere. E acredito que esse é o maior castigo.
Eu não sou santa. Não mesmo! Eu, como já disse, traí. Não justificando, mas, justificando, o que fiz e quando eu fiz, foi por que já não havia amor eros, estava incompleta. Ele ficou perdido, no meio de tanto nada. E eu sei, que não foi legal. Eu traí o amor fraterno que ainda havia, pois ele existia. E isso, eu levo comigo, eternamente. Pois é. Não é fácil também tá do outro lado. Bater forte assim, dói a mão.
Não minto. Podem me achar até uma cafajeste... mas quando eu amo, eu realmente não traio. Sou 100%. Sou corpo e alma. Eu acho que não teria coragem. Eu iria ficar pensando muito na pessoa. E quando eu a encontrasse e fosse dar um beijinho pra comprimentar, eu #comcerteza iria me sentir muito mau. Eu sei disso, por que esse fato já me ocorreu, a muito tempo atrás, nunca esqueci. Tá vendo? Que a gente faz mau pra gente mesmo? É.
Traição, perdoaria. A quebra do amor, seria mais difícil. Mas talvez, o amor que sinto, pela pessoa me faria perdoar. Afinal, errar é humano. E eu já errei tanto também... Só não erro outra vez.
Ah, o link pra baixar a música da Carol. rsrsrsrs....http://www.4shared.com/audio/g88RBhg1/Ana_Carolina_canta_Traio.htm
sábado, 16 de outubro de 2010
Odeio...
- Eu odeio taxistas que não usam cinto de segurança, falam ao celular enquanto transportam a minha vida, e questionam o fato de eu solicitar a gentileza dele desligar o rádio que transmite comentários esportivos em volume adequado para parcialmente surdos;
- Eu odeio programas sensacionalistas que insistem em ficar mostrando à exaustão a foto do sofá com o sangue da vítima;
- Eu odeio mulher vagabunda;
- Eu odeio gente lesada que passa uma hora na fila e só abre a bolsa para procurar a fatura quando chega no caixa;
- Eu odeio gente que depende do Estado para tudo;
- Eu odeio planos de saúde;
- Eu odeio porteiros ocupados demais com fofoca para perceberem que eu não tenho mãos disponíveis para abrir a porta do elevador;
- Eu odeio essa moda de chefs gatinhos e tatuados, com cabelinhos da moda;
- Eu odeio baratas aladas;
- Eu odeio PPS,SPAM e gente sem noção que cola meu endereço em cópias visíveis;
- Eu odeio a Oi.
Mas amanhã eu posso perfeitamente perdoar a mulher vagaba, a lesada da fila, os chefs sem sabor, os dependentes do Estado, o porteiro "distraído", e até a barata alada que é a única para a qual não houve escolhas. Aos demais, o fogo do inferno.
[sacado do Rainhas do Lar. Um blog divertidissimo. Vale a pena conferir.]
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Clarisse, a primeira.
“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”
Clarisse Lispector
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Aqui.
Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
[é só que eu queria. te fazer se enxergar em mim.]
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Tudo Certo.
♪ Calma, tenha calma
Minha previsão do tempo
Diz que hoje não vai chover
Alma, minha alma
Voa leve pelo vento
E me leva até você
Você me faz bem
Quando chega perto
Com esse seu sorriso aberto
Muda o meu olhar
Meu jeito de falar
Junto de você fica tudo bem, tudo certo
Sei, eu sei que vejo mais do que eu deveria
Mas é que eu sou mesmo assim
Sinto, eu sinto tanto a sua falta todo dia
Volta e traz você pra mim
Quem mandou você passar pelo meu caminho
Quantas vezes eu vou ter que repetir
Quantas vezes ?
Você me faz bem
Quando chega perto
Com esse seu sorriso aberto
Muda o meu olhar
Meu jeito de falar
Junto de você fica tudo bem
Fica tudo certo ♪
[mais uma da lú s2]
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Minhas palavras.
Distância estranha essa que nos separa, pois estamos tão perto.
Você sabe do que eu gosto, do que eu quero, até mesmo dos meus sonhos, mas ao mesmo tempo é como se não soubesse, não que você não se importe, mas vejo-te tão cansada.
E quando consigo olhar nos teus olhos, vejo sua porta ainda entreaberta, não entendo.
O fato é que me sinto protegida em teus braços, há um conforto e sentimento de paz tão grande ali, que eu sei que nada seria capaz de me atingir, e nada me atinge na verdade, você é a minha proteção!
Eu preciso de você, quero que me devolva toda aquela segurança que eu tinha, que você me permitia ter.
Conte teus problemas, mesmo que eu não possa os resolver. É bom ter alguém que nos ouça às vezes, e oh eu ainda estou com você, sempre estive, mas você ainda não consegue me vê aqui.
Tanta coisa eu queria dividir com você, tenho tantos sentimentos bons para te passar, tantas alegrias e tristezas para te contar.
Tenho medo de que nos percamos em tanta falta de nada, em tanta confusão e correria, de que não tenhamos tempo suficiente para nos conhecermos.
Não te culpo por essas e outras coisas, porque não sei o que existe dentro de você.
Te admiro por tirar forças de onde já não se tem, admiro o teu esforço em fazer com que tudo dê certo.
Onde está você?
Ficou encubada no tempo, perdida entre tantas lembranças, você não está aqui, lembranças boas essas que eu tenho, me trazem a esperança de que talvez, você abra os olhos e veja que eu ainda preciso de você, que meus braços continuam estendidos à tua espera.
Lembre-se: - Volte quando for possível.
[sacado de um blog muito, muito bom que achei por ai. ví que era um texto meu. não que eu tenha escrito... mas esse texto, me pertence. por que cada palavra, é de minha propriedade.]
domingo, 10 de outubro de 2010
Você...
Você me movimentou tanto. Você me provocou severamente sensações. Você me encantou tantas e tantas vezes, numa mesma frase ou num mesmo olhar. Você me sinalizou as curvas. Você soube respeitar cada tempo meu. E me desafiou em cada mentira. E me abraçou em todas as vezes que eu chorei. Você soube me provar que dizer 'sim' ou 'não' não significa sentir 'sim' ou 'não'. Fez boa parte dos meus textos. Me entregou uma safra de palavras. Me provocou as melhores cartas que eu fui capaz de criar. Foi o texto que eu mais escrevi de diversas maneiras, sempre querendo dizer a mesma coisa. Você acalmou a minha ansiedade. Despertou com sabedoria que apesar das palavras, o silêncio do olhar é essencial. Eu sempre adorei compreender o teu olhar e sempre tive um orgulho imenso de todas as vezes que você me ouviu sem usar a gramática. Você me manteve por perto mesmo quando eu não quis. E quando eu te feri, você não me deixou. E feridas, soubemos nos respeitar sem abandonar a idéia de futuro.
Por isso eu queria dizer que depois desse tempo, é um prazer estar presente. Entregues a um amor de gente que se ama e não se abandona por não querer, por não saber como, por tantos e tantos motivos que só você sabe, que só eu sei. Você é uma incrível poesia. E eu venho pensando e remando em direção oposta – para variar – logo eu, que falo tanto em mínimos óbvios. A tempos atrás, a gente se encontrava e se estranhava e não tínhamos a dimensão do que ia acontecer. Eu lembro de te querer tanto e em voz alta. Eu lembro de você querer sempre mais o mundo. Sem metáforas, você sempre quis o mundo. Sempre transbordou levando quem estivesse ao lado. E permaneci até agora. E permanecemos e eu queria mais uma vez, pela primeira vez, dizer que te amo. E te oferecer o ponto de interrogação, o meu ponto de interrogação, que é tudo o que eu sempre te entreguei. E você não recusou.
[sacado e adaptado de Mínimos Óbvios...]
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Ao meu redor.
Ao meu redor.
Tanta coisa fora do lugar
ao meu redor,
Minha parte dentro de você
já foi melhor
Um retrato que ficou
enquanto tudo passou
na poeira do tempo
Mesmo assim não quero te deixar
não há razão,
é preciso ainda enxergar
na escuridão
Espero, faço o que não sei
e quando a noite cai
eu espero pra ver
E na verdade você sabe bem
que eu não me iludo
que eu tenho tudo
de você,
por isso mesmo, não há mais ninguém
na cidade inteira que assim
te queira como eu
O brilho só aumenta a solidão
com nitidez
a paisagem presa a flutuar
mais uma vez
quanto tempo vai durar
a incerteza no olhar, o perigo das horas
Mesmo assim eu tento escrever uma canção
Espero, faço o que não sei
e quando a noite cai
eu espero pra ver
E na verdade você sabe bem
que eu não me iludo
que eu tenho tudo
de você,
por isso mesmo, não há mais ninguém
na cidade inteira que assim
te queira como eu
O tempo passa e eu não posso deixar
de dizer
Não, não vá embora
nunca mais, agora ou depois
as outras tardes, você guarde bem
nesse coração, onde não há pecado
nem perdão.
[Bárbara, eu TE AMO.]
Ne Me Quitte Pas.
Ne Me Quitte Pas
Ne me quitte pas, Il faut oublier,
tout peut s'oublier qui s'enfuit deja.
Oublier le temps des malentendus
et le temps perdu a savoir comment.
Oublier ces heures qui tuaient parfois a coups de pourquoi
le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai, des perles de pluie venues de pays
ou il ne pleut pas
Je creusrai la terre jusqu'apres ma mort
pour couvrir ton corps d'or et de lumiere
Je f'rai un domain ou l'amour sera roi
ou l'amour sera loi ou tu sera reine.
Ne me quitte pas
Ne quitte pas
Ne me quitte pas Je t'inventerai
Des mots insensés que tu comprendras
Je te parlerai De ces amants-là
Qui ont vue deux fois Leurs coeurs s'embraser
Je te racontrain L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux Il est paraît-il
Des terres brûlées Donnant plus de blé Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler Je me cacherai là
A te regarder Danser et sourire
Et à t'écouter Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Eu nunca tinha parado pra ler a tradução dessa música. Eu sempre a adorei. Pela sonoridade, pela intensidade das palavras, mesmo sem conhecer o idioma. Não sei se pelo frágil momento em que atravesso, a tradução da mesma, me fizeram arrancar muitas, muitas lágrimas. Acho que é a coisa mais forte que eu já ouvi. E a coisa mais intensa que alguém pode falar pra outro alguém.
E EU TE DIGO, COM TODAS AS LETRAS, VÍRGULAS E PONTOS QUE HÁ NESSA CANÇÃO. EU NÃO TIRO NADA. ELA É TUA. DO MEU CORAÇÃO ABERTO E SANGRANDO, PRA O TEU, QUE ESPERO QUE SE ABRA PRA QUE EU POSSA ENTRAR.
Não Me Abandone
Não me abandone, é preciso esquecer,
Tudo se pode esquecer que já ficou pra trás.
Esquecer o tempo dos mal-entendidos
E o tempo perdido a querer saber como
Esquecer essas horas que às vezes mata a golpes de por quês,
o coração de felicidade.
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone
Eu te oferecerei pérolas de chuva vindas de países
Onde nunca chove;
Eu escavarei a terra mesmo depois da morte,
Para cobrir teu corpo com ouro e luzes.
Criarei um país onde o amor será rei,
Onde o amor será lei e você será a rainha.
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone, eu te Inventarei
Palavras absurdas que você compreenderá
Te falarei daqueles amantes
Que viram de novo seus corações excitados
Eu te contarei a história daquele rei,
Que morreu porque não pôde te conhecer.
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,
Quantas vezes não se reacendeu o fogo
Do antigo vulcão
Que julgávamos velho?
Até há quem fale de terras queimadas a produzir mais trigo na melhor primavera
É quando a tarde cai, para que o céu se inflame
o vermelho e o negro não se misturam
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandones, eu não vou mais chorar
Não vou mais falar, Me esconderei aqui
Só para te ver dançar e sorrir,
Para te ouvir cantar e rir.
Deixa-me ser a sombra da tua sombra?
A sombra da tua mão? A sombra do teu cão?
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone,
Não me abandone.
Não me abandone.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
"Não há noite tão longa, que não encontre o dia."
Não sei quem fala isso. Mas o cara é muito esperto. Nada como uma noite bem dormida, uns sonhos reveladores,e voalá.... tudo novo de novo. Ontem eu tava um caco. Sério mesmo, um caco. Odiando o mundo e me odiando. E como disse, nada como uma noite bem dormida e uns puxões de orelha. No trajeto de casa pra o trabalho, aproveitei o tempo pra avaliar a minha postura diante certas situações. Assumo minha total parcela de culpa. Assumo minha culpa em relação a aquilo que venho recebendo. Ou melhor, da forma como venho recebendo. Sim, falo de amor. As pessoas lhe dão, aquilo que elas podem lhe dar. Cabe a você, ter discernimento necessário pra saber receber isso. O mesmo vale pra nós. A gente dá aquilo que pode. Ou dê o seu tudo, que seja. E se não puder dar mais, talvez por limitação humana, dê o que é permitido. Dê sem esperar nada. E a outra parte vai receber aquilo que lhe for conveniente. Duro né? Mas é verdade, infelizmente é verdade. Ele (a) não vai receber o que você está dando, exatamente da forma que você espera, que deseja. Por isso, é bom, sempre pensar. Eu tenho cometido um grande erro. Não é questão de dar mais do que receber. É questão de querer receber mais do que aquilo que é ofertado. Aquele grande erro de esperar demais. Querer demais. E nisso tenho pecado bastante. Tenho verdadeira mania de fazer sempre o melhor e esperar o melhor também. E o fato e que esqueço de que cada um tem o seu jeito de demonstrar o seu melhor, e que nem sempre este é identico ao seu. O que não significa que te amem menos.
Tenho um bocado a aprender. Espero me dar tempo necessário pra isso.
Eu tenho vivido o amor. Só que algumas vezes, de maneira errada. Acho que com uma intensidade nunca antes experimentada. Oras, mas o amor não é pra ser vivido? Sim, é. Mas acredito [ando aprendendo] que viver apenas não basta. Ele deve ser racionalizado. Entendeu? Raciocinado. Ou seja, pensado, articulado. Não o sentimento em sí. Mas ele, na relação, como um todo. É saber o que falar, na hora em que falar, projetar situações, tentar imaginar se aquilo vai ou não ferir. Um amigo me disse, que não existe esse papo de "ah! Falei da boca pra fora!" E é verdade. Mas acredito na 'inconsciência'. As vezes falamos inconscientemente algo que não era pra ser dito, e ai, já era! Mas, também passo a acreditar que, a boca expulsa aquilo que o coração tá cheio. No coração, a gente não manda. Fato. Na língua sim. A língua é a maior ferramenta pra se obter sucesso numa relação. Sabe por que? Por que a língua é uma faca de dois gumes. Ela corta quando vai, e corta quando vem. Por isso, deve-se tomar muito cuidado com o que se é falado. Afinal, palavra dita e tapa na cara, são coisas que vão e não voltam mais. E associando os dois, quem 'bate/fala' nunca lembra, mas é em quem 'apanha/ouve' que a marca fica colada. Eu sei, teoricamente tudo é lindo, fácil, uma beleza. E como uma nega falha do caralho, tenho pisado na bola. Acabo falando demais, e com isso causando mágoas e o pior me magoando. Quando a gente magoa a quem amamos, nos machucamos triplamente, pode ter certeza disso.
Acho que para algumas metas pessoais, sobre tal assunto, eu consegui dá uma evoluída. Falta muito. Ô se falta! Mas me diz, e se você tá fazendo tudo certinho, e o outro é que não corresponde? Como dito, problema do outro. Ele que deve ter a conciencia do que é melhor pra ele mesmo e pra ambos. Torça pra que seu amor perdure, e aguente firme. E se não conseguir, não era pra ser. Dizem que o amor supera tudo e qualquer coisa. Só que a paciência não. Eu sei disso. Sei dos meus erros e sei dos erros alheios. E essa regra, vale pra os dois lados.
Por hora, preciso batalhar pra mudar. Por mim, Independente de terceiros. Pra meu melhoramento e crescimento.
É falar menos, e entender as setas. ;)
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Crônica do Amor.
Crônica do Amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
[Arnaldo Jabor]
domingo, 3 de outubro de 2010
O Meu Desejo.
Encontro-me sentada no sofá. A música deixa rasto neste canto, não sendo por mim recebida. Sinto-me envolvida na volúpia que encontro no teu olhar. Teu olhar que acolhe o meu corpo. Meu corpo que te pede luxúria. Apetece-me vagabundear sobre a nossa intimidade que ambiciono. Peço ao passado que me traga o calor do teu pescoço, com o cheiro entranhado na derme. Ainda sinto teus lábios presos entre meus dentes. Ainda sinto o momento.
Desejo-te e não sei o que isso é; só sei que me estonteia de tanto me agarrar afincadamente a este desejo, não desejando perdê-lo. Será este desejo uma brisa que se transforma em tornado que me acorda, que me açoita os sentidos e me lembra que estou aqui? Será que dou permissão a este desejo coexistir porque desejo ter este desejo? Será este desejar o desejo que o faz sobreviver ou será o objecto do desejo que o aviva? Sinto que a serenidade já há muito foi escamoteada pelo desejo. Este não vive da ilusão, mas comporta a ilusão como vertente virtual, enquanto expressão da minha realidade vedada aos outros.
Em emoções sou de poucas certezas. Tudo me surge carregado de neblina, a razão e até as tuas expressões. Tenho só uma certeza: não desejo qualquer um e porquanto não é a busca de prazer o meu móbil. Não é a necessidade que me atormenta. A necessidade é limitada mas não o desejo. A necessidade de prazer não pode ser minha apenas – eu sei-o.
Será que este desejo de prazer, que permiti insuflar com o tempo, aumenta pelo perigo que me deveria afastar dele? Por vezes penso que não pretendo a satisfação deste prazer, mas por outras acho que controlo o sentido do meu querer para fugir à culpa. Por vezes, as minhas insistentes entregas ao desejo deixam-me cair no fosso que própria cavei e que me faço enfrentar perante a censura moral, que condena o meu tão desejado desejo. Penso em culpa: culpa de um pensamento, de uma palavra, de um gesto, de um toque, de um coito, de um gemido... só sinto culpa porque o outro me pode culpar. Mas sei que sou fraca e que me deixo entregar facilmente ao erotismo, fugindo da culpa rapidamente, que me quer ceifar o desejo ... ai!, como me possui este desejo!! Rapidamente me faço encontrar com o sustentáculo que me mantém na vertical: este desejo.
Será este desejo um preenchimento de um tédio? Mas como pode o tédio ter espaço na minha vida, se tento nunca lhe dar espaço de coexistência? Até porque se assim fosse não escolheria eu o objecto de desejo bem mais acessível, para concretizar a satisfação de prazer? Pois, mas, não procuro prazer, é verdade. Sinto-me tão embrulhada em pensamentos. Sinto-me tão desejosa de me embrulhar em teus braços.
Ai!!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Eu acreditei
No teu amor, no teu querer, nos teus sinais
Na dor do teu olhar com medo de não me ver mais
Mas entendi que nos dois somos pontos cardeais
Ligados por um fio imaginário
Mas sempre distantes demais
Eu então me perguntei
Até onde posso suportar?
Até onde quero e me permito violentar?
Pois te amar tanto assim lhe convém
Mas me sangra tão bem
Você parece estar à sombra de uma arvore
Enquanto eu saio pra lutar ao sol
Você parece repousar
Num transatlântico de luxo
Enquanto minhas mãos
Fazem bolhas de tanto remar
Então por que já não me diz adeus
Pra eu parar de cantar...
[assim, seco, sem foto, sem fonte, sem nome, sem nada. sem mim. um nada! é isso do que sou composta hoje. nada! sinto o fim eminente. tenho medo do fim. me apavoro ao pensar que posso olhar pra o lado e ver que ela não está mais. hoje, ela já não está também. eu só quero que ela seja feliz. mesmo sem mim.]
No teu amor, no teu querer, nos teus sinais
Na dor do teu olhar com medo de não me ver mais
Mas entendi que nos dois somos pontos cardeais
Ligados por um fio imaginário
Mas sempre distantes demais
Eu então me perguntei
Até onde posso suportar?
Até onde quero e me permito violentar?
Pois te amar tanto assim lhe convém
Mas me sangra tão bem
Você parece estar à sombra de uma arvore
Enquanto eu saio pra lutar ao sol
Você parece repousar
Num transatlântico de luxo
Enquanto minhas mãos
Fazem bolhas de tanto remar
Então por que já não me diz adeus
Pra eu parar de cantar...
[assim, seco, sem foto, sem fonte, sem nome, sem nada. sem mim. um nada! é isso do que sou composta hoje. nada! sinto o fim eminente. tenho medo do fim. me apavoro ao pensar que posso olhar pra o lado e ver que ela não está mais. hoje, ela já não está também. eu só quero que ela seja feliz. mesmo sem mim.]
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