sábado, 27 de novembro de 2010

Alegria não tem fim.


Há as pessoas que levam anos pra deixar marcas em nossas vidas. Seja um amor, uma amizade, uma paixão.
Existem aquelas que não precisam de menos do que dez minutos de conversa, pra marcar a sua vida pra sempre. Deixam diálogos, pensamentos, idéias, sinceridade e franqueza. Muitas vezes, falam coisas mínimas, que para muitos, nem são percebidas a olho nú.
Recentemente, tive a sorte, a sorte de criar um novo vinculo, uma nova amizade. Alguém que tem me ajudado, e nem sabe tanto disso. Alguém que tem plantado em mim, a semente da alegria. 

O que você faria se do nada, te falassem isso:

-- Ei, quantos dentes tu tens?

Jamais ouvi e irei ouvir de ninguém na vida coisa igual. [kkkkkkkkkkkkkkkkk'] Certamente, JAMAIS irei esquece-la, por isso e outras tantas coisas "únicas" que me disse.

Em seguida, neste mesmo diálogo, ela me disse uma coisa, [que mais uma vez, nunca ouvi na vida] linda e que definitivamente, nunca pensei em dizer ou ouvi alguém dizer. Não por ser completamente pessimista, mas por que nunca textualizei essa idéia. 
Enfim, ela então me disse:

-- Eu tenho um sonho... ah, sonho não, pois isso eu vou realizar, então, é uma vontade, que é fazer odontologia! :D

Sabe quando você realmente escuta algo, que não pode deixar passar em branco? Então. E ela me falou isso de uma maneira tão displicente, leve, como se tivesse dizendo a cor de sua camisa.
Parei. Sorri. 

É comum as pessoas falarem de seus sonhos. Eu tenho os meus. Todos nós temos. E quando os citamos em alguma conversa aleatória, sempre fica aquela idéia de algo "inalcansável". Ou algo que vá demorar a se concretizar.
E com ela não. Me pareceu algo presente. Traçado, objetivado. Foi inevitável não fazer uma explanação sobre isso. 
A sua positividade é algo exuberante! Ela exala isso. Sua traquilidade, seu alto-astral, seu otimo humo... é contagiante.

Dez minutos de conversa bastaram. E ela deixou em mim a vontade de seguir por este caminho. Seu sobrenome é POSITIVIDADE. Nunca vi alguém que exalasse isso assim, em tudo que fala!

Ela me fez ver, em tudo que fala, que REALMENTE é necessário pensar positivo. Acreditar em si. Olhar pra sim como algo mais importante do mundo.

Quem me conhece sabe da fase delicada em que atravesso. E "esbarrar" com alguém assim, está me fazendo mudar certos conceitos. Ela nem diz muita coisa sobre determinado assunto. Mas o que ela fala, ah, o que ela  fala me faz pensar.
De errante, migrei para pensante. 
As vezes titubeio, sou humana. E ela está lá, sorrindo e falando, falando as "besteiras" de sempre. Com seu sorriso e seu alto astral nunca visto. E me deixa com um riso "leso" na boca. 

Lhu, obrigado por ter aparecido. E espero que não vá embora tão cedo.

Desde já, adoro você, e as nossas besteiras. [ as da Usurpadora principalmente. - tan ran ran ran...]

Olha a Minha Cara - Canto dos Malditos na Terra do Nunca

sábado, 20 de novembro de 2010

Tempo de cura.



Certamente que algumas pessoas não irão concordar com o que direi a diante. E a elas eu peço desculpas. E peço desculpas a mim mesma. Acho que primordialmente. Acontece, que eu não consigo fugir do que ainda trago no peito. E o que eu trago, ainda tem caco o suficiente pra cortar. Eu sei que tenho como opção não ferir este velho e cambaleado coração. Apenas sei que, por qual motivo desconheço, eu não consigo. Apenas não consigo. Não agora. Não hoje. E acredito que não nos próximos dias. 

Eu ainda me vejo presa. Presa a você. Mesmo com todas as indicações suas e de terceiros, mesmo com todas as setas de aviso, mesmo com as palavras mais duras e secas, tanto suas quanto de outras pessoas, eu ainda me sinto presa. É algo que a minha razão não consegue entender. E por mais que a de qualquer um entenda perfeitamente, e desenhe pra mim numa folha em branco, a unica coisa que eu enxergo, ainda são seus olhos, sua boca, seu riso, o tom da sua pele e sinto o seu cheiro se fazendo morador em meus pulmões. Eu rezo, todos os dias, para que que pare de te ver tanto. Que eu pare de sentir tanto a sua presença. E nem minha razão e meu coração [muito menos], conseguem se desfazer da nossa história assim.

Uma história marcada por intensidade, e dor. Eu e todo o planeta sabe, o quanto sofri. O quanto me ceguei. O quanto ignorei as tão famosas setas de aviso que me levariam pra fora da sua vida. Eu mantive-me surda diante a tantos "silêncios", a tantos "gritos". Eu permaneci numa relação, onde apenas eu remava o barco onde ambas estavam. Seguidos sempre pelo timbre da sua estridente voz, eu remei sozinha. Até que minhas mãos tornaram-se em carne viva e eu não pude mais continuar. E lamentei ter demorado demais. Hoje, tanto as minhas mãos quanto o me coração estão cheios de feridas abertas, e apenas eu sei o quanto as mesmas estão demorando pra cicatrizar. 
Sim, toda a história eu sei de cor. Dei além, amei além do que devia e podia amar. Me entreguei, mergulhei de cabeça. Não posso dizer que foi sozinha. Sei bem que no início, você segurou a minha mão, e juntas pulamos nesse mar. E no meio do caminho, você ficou à deriva, enquanto eu continuei a nadar. E agora, mesmo com todos os sinais de alerta, apenas agora, ao olhar pra trás, vi que estava sozinha nessa imensidão de sentimentos, e de grande maioria, meus. 
Sim, eu sei. Eu sei de tudo isso e coisas que apenas nós duas sabemos e ninguém mais. 
E por mais que eu tenha me magoado, me arrebentado, engolido tanta água, eu não trago raiva de você. Quando me dei conta de que realmente nós não "funcionávamos", eu tive os meus quinze minutos de loucura. Falei e fiz muita coisa. Tive raiva. Te ódio. Quis te rasgar inteira. Mas, foram apenas quinze minutos. Por que,  provavelmente por besteira, e mais ainda por amor, eu percebi que o sentimento ainda seguia intacto. Ferido, sim. Mas ainda presente. Em situações como esta, é preferível sentir raiva. Ajuda a anular qualquer sentimento bom que ainda reste. Mas não foi o que aconteceu. Infelizmente. 

E por mais que eu tivesse remado, nadado, corrido e feito tripas coração pra entender a dinâmica dessa relação, e por muitas vezes tendo carregado você, nada disso foi o bastante. Por que custou pra entender que uma relação, ambos tem que dar a sua igual porcentagem. Bom, e tarde pude perceber. 

Mas eu sou intensa demais. E eu vivi cada segundo intensamente dessa relação. Dos mais maravilhosos, até os mais complicados. E agora estou sem você. E agora estou sem essa história.
Sim, eu sei que isso não deu certo. E eu nem vou te pedir nada. O que eu tive de pedir, já foi pedido. Existem muitas coisas que eu não compreendo, é fato. Coisas que talvez, para quem esteja de fora, é facilmente identificado. Mas, EU não consigo compreender. E do que eu compreendo, você vem e diz o contrário. Me deixando ainda mais confusa. 
Você diz amar, embora não saiba lidar com isso. E enquanto a mim? Eu continuo sem compreender a sua forma de amar, a que eu vejo. 
O que eu sinto, é que ele não foi o suficiente pra suportar as brigas, intolerâncias, inconstâncias. Ele não foi o bastante pra suportar tantas coisas miúdas que aconteceram. E isso me deixa tão triste. Por que é nesse momento que eu olho para as minhas mãos, e alcanço as feridas abertas.

Então, querer? Não. Não dá mais. Você não quer, eu não quero.

Contudo, senhoras e senhores, não é fácil esquecer tudo assim. Principalmente para alguém como eu.Que amei e me abri de uma maneira nunca antes feita.  Todo mundo tem um artifício para a sua cura. A minha é esta. Eu sinto falta, eu choro, eu falo coisas demais, eu choro outra vez. 
E hoje [20/11] foi o dia mais angustiante! Sair do meu trabalho, e caminhar em direção oposta a todos os caminhos tomados em todos os sábados, os dias que nós nos encontrávamos, foi uma das coisas mais tristes que eu tive que fazer nos últimos dias. Ter que acordar cada dia e saber que a sua presença fisicas e emotiva, não estará mais ao meu lado me deixa verdadeiramente louca. Pois eu sinto a sua falta. A falta das suas ligações ao acordar, das ligações noturnas, de te ver aos sábados. E eu nem posso dizer que eu daria tudo pra ter isso de volta, por que nada do que eu fale, irá fazer mudar a atual situação. O que foi definido, foi definido.

Um dia, talvez possamos nos esbarrar, e eu espero estar bem demais, pra poder te olhar sem nostalgia a nada do que foi vivido. E se houver alguma coisa que eu desconheço, te pedirei pra esclarecer pra mim. Saber dos reais motivos.

No mais, sinto sua falta. Sinto uma abstinência incrível de você, sinto febres, falo o que não se deve falar. E eu sei, que vai passar. Já perdi outros amores, que me causaram dores semelhantes. E te garanto, vai passar.
É uam fase ruim, de carência, desejo, saudade. Mas passa, como tudo nessa vida. 

Senhoras e senhores, peço uma orientação sobre qual o ônibus eu podenia apanhar. E no mais, peço do fundo do coração, paciência. Não é que eu esteja fazerndo papel ridículo, é a minha força de logo arrancar você de mim. E isso exige tempo... o tão famoso tempo...

Repito. Esse é o meu jeito de cura. Doloroso, certamente, mas eu nem disso consigo fugir.

Rogéria Person.
20/11/2010


22:46






E eu nunca senti tanto essa música quanto hoje ;s


"Recife,
5:03 da manhã. Sinto a ferrugem, telefone continua calado.
Chego em casa tomo meu wisky e alimento mais a minha solidão
O gosto amargo insiste em permanecer no meu corpo.
Corpo...corpo...está nú...
Gelado com o peito ardendo, gritando por socorro, preste a cair do 14º andar...
A sacada é curta, o grito é inevitável...
Eu vou acordar o vizinho, eu vou riscar os corpos, eu vou te telefonar...
E dizer que eu só preciso dormir..."

domingo, 14 de novembro de 2010

Amanhã, eu não sei.

"A sorte é sua de ser amado por mim e eu quero agora, ontem, semana passada. Amanhã não sei mais das minhas prioridades."

Tati Bernardi.

roubei do Só Sentimentos Vividos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Não Fale, meu Amigo.



Don't Speak - Não Fale.

Pois é, nem fale o quanto essa música marcou a minha vida, e como, incrivelmente ainda marca. A muito tempo que não a ouvia. Em anos, uma vez ou outra, quando esbarrava com ela nas minhas seleções de música no computador. Não fale! Não fale o quanto eu amo essa música, e o quanto ela me faz lembrar ele. Aquele que já fora o meu melhor amigo. Hoje, um amigo que estou recuperando. Lembro de como ouvíamos essa canção nas tediosas tardes em minha casa, ou em sua casa. E eu dizia: - essa canção parece com a gente. Ele: - por que? Eu: - sei la. Só acho que parece. Acho que é por que ela fala de "um melhor amigo" Ele: - fala em perder um melhor amigo. Algo que tá se acabando...

Bom, e aconteceu. E como a música diz, eu perdi o meu melhor amigo. Lembrar dessa história me provoca sentimentos extremos. Nos conhecemos numa improvável escola, onde não éramos para estar, e provavelmente não seriamos amigos. Nem sentáva-mos juntos! Ele com um grupo dele, e eu com as minhas colegas irritantes. Éramos dois estranhos no ninho. Definitivamente, não era para estarmos naquele lugar. Não pertencíamos aquele ambiente. Mas, o destino nos uniu. Uma mãozinha aqui e alí, e nos tornamos inseparáveis. E melhor. Era uma amizade proibida! E sabemos bem, coisas proibidas não melhores. Meus pais não gostavam muito dele. Nunca soube o por que. Mas, que isso importava? Éramos amigos. Ponto final.
Dois adolescentes bobos, sentados em calçadas, rindo do nada... Partilhamos tantas coisas. Tenho tantas lembranças. Tenho cartinhas e presentinhos. Tenho frases e letras de músicas. Tenho segredos. Coisas que só falávamos um pra o outro. Havia sentimento alí.
E por um motivo, que apenas eu e ele sabemos e eu não irei divulgar aqui, isso acabou. Se desgastou. E por uma decisão muito mais dele do que minha, partimos em direções opostas.
Estava decidido. Acabou.

Hoje, estamos nos reencontrando. Depois de um ensaio frustado a dois anos, hoje estamos acertando os ponteiros, e de forma natural, leve... E quer saber? Estou adorandoooo! Ele sabe. Ele não fala, mas suas atitudes mostram que ele está tão feliz quanto eu. Eu o conheço bem. Ele acha que não, mas, 'amigo, sinto muito, eu talvez seja a primeira pessoa depois de você que te conhece muito bem'.

E falando diretamente para segunda pessoa no singular, falo pra você meu amigo.

Você se surpreendeu em saber que eu sofri muito sem você. Segundo você, já era algo predeterminado para os dois, era algo que ambos julgou ser o melhor. Na verdade, meu amigo, eu sofri muito sem você. Foi muito difícil. Sabe aqueles períodos de abstinência? Era mais ou menos isso.
Sem você foi 'dose'. Sem você os filmes não tinham graça. O pão do hiper não tinha o mesmo sabor. As calçadas não eram mais aconchegantes. Os orelhões eram apenas orelhões. Sem você toda e qualquer musica brega não me fazia rir. Nem aquelas internacionais onde só nós dois achávamos graça, tinha a mesma graça. Nossa, sem você os segredos não eram segredos. Sem você os meus almoços [macarrão e bisteca] eram tão solitários. E as letras das traduções das canções escritas em cadernos, era apenas letras. Os signos e suas características nem diziam mais nada. Madonna e seus clips chocantes nem me chocavam mais. Os chocolates que você traziam do bolso eram apenas chocolates de supermercado. Os planos 'maquiavéliquinhos' com outras pessoas não eram tão mirabolantes. E aquela fita cassete que você gravou as canções do Silvercher já não toca mais.

Lembro, divíamos tudo. Eu era sua, e você era meu. E os outros eram 'sombras'. Você era o meu melhor amigo. Sempre foi. Só tinha você. Só tinha sua voz em meio as madrugadas. E conviver sem tudo isso, do nada, pra mim foi complicado meu amigo.

Eu tive que reaprender a caminhar sozinha. Tive que gostar de outras músicas que não eram as que gostávamos. Tive que ver outros filmes que não eram os que víamos. Tive que conhecer outras coisas, pegar outros ônibus, rir de outras piadas, ganhar outros presentes.

Sem você a coisa, realmente ficou feia.

Então o tempo passou e eu me refiz. Assim como você, que mesmo comigo, era sozinho e tinha a sua vida. Eu sempre respeitei isso, por saber da minha fundamental importância em sua vida. E sabe o que eu sempre gostei em você? Você nunca falou nada sobre isso, e sim demonstrou. Com todo e qualquer detalhe, que faziam total diferença.

E esses detalhes estão voltando. Meu Deus, você não sabe o quanto estou feliz. Sabe, ver o seu sorriso depois de quase três anos, ver seu jeito de falar mau de alguém de maneira engraçada, ver você gargalhando de uma coisa besta que eu falei, ver o seu humor negro e ácido novamente, ver o seu jeito doce em dizer: "liguei pra saber como tá, dar boa noite", me deixam imensamente feliz.

Eu sei que talvez você nem leia, nem comente ao final, mas eu sei, eu apenas sei que tudo que eu falei despertou num lugar do teu cérebro e coração, a mesma sensação que eu estou agora. Sabe por que, por que eu sei que você é muito orgulhoso pra sair declarando isso publicamente, seu chato! Deixa então para as demonstrações, eu aceito assim.

Eu tenho o MAIOR ORGULHO DE SER A ÚNICA a derreter o seu coração de gelo.
[palavras suas.]

Bom, eu nunca falei isso... e talvez você ache estranho ouvir de mim isso agora. E acho que eu nunca falarei adiante... mas, eu amo você. Meu amigo. Sim, pois, eu ainda o considero assim.

E quanto as coisas que virão... virão! E como eu e você decidimos, com calma. Deixar fluir.


Agora segue a tradução da música, Don't Speak [que ele já falou que eu a curti mais do que ele... bobinho, sei que sempre que ouviu, lembrou de mim...]

Você e eu,
Costumávamos estar juntos
Todo dia juntos, sempre
Eu realmente sinto
Que estou perdendo meu melhor amigo
Eu não posso acreditar
Que isso poderia ser o fim
Parece no entanto que você está deixando ir
E se isso for real
Bem, eu não quero saber

Não fale
Eu sei só que você está dizendo
Então, por favor, pare de explicar
Não me diga porque isso magoa
Não fale
Eu sei o que você está pensando
Eu não preciso de suas razões
Não me diga porque isso magoa

Nossas memórias
Bem,elas podem ser convidativas
Mas algumas são totalmente
muito assustadoras
Como nós morremos, ambos, você e eu
Com minha cabeça em minhas mãos
Eu sento e choro

Não fale
Eu sei só que você está dizendo
Então, por favor, pare de explicar
Não me diga porque isso magoa (não, não, não)
Não fale
Eu sei o que você está pensando
Eu não preciso de suas razões
Não me diga porque isso magoa

Está tudo terminado
Eu consegui parar de fingir quem nós somos...
Eu posso nos ver morrendo... estamos?

Não fale
Eu sei só que você está dizendo
Então, por favor, pare de explicar
Não me diga porque isso magoa (não, não, não)
Não fale
Eu sei o que você está pensando
Eu não preciso de suas razões
Não me diga porque isso magoa
Não me diga porque isso magoa!
Eu sei o que você está dizendo
Então por favor pare de explicar

Não fale,
Não fale,
Não fale,
Oh eu sei o que você está pensando
E eu não preciso de suas razões
Eu sei que você é bom,
Eu sei que você é bom,
Eu sei que você realmente é bom
Oh, la la la la la la La la la la la la
Não, não, uh-huh me acalme, quieto querido,
quieto, quieto querido,
não me diga porque isso machuca
quieto, quieto querido,
quieto, quieto, não me diga porque isso machuca

[é isso, fim de post. postado]

Pensando bem...



O MAIOR INIMIGO DA VERDADE, NÃO É A MENTIRA E SIM, A CONVICÇÃO."
(Friedrich Nietzsche)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu e os Rapazes da Rua.




         Quando criança, ficava debruçada no muro da casa da minha prima, olhando os rapazes da rua a jogar futebol. Meus olhos cintilavam olhando os movimentos que eles faziam em meio a rua de terra.. Ficava estagnada ao vê-los correndo atrás da bola, jogando-as pra lá e pra cá. Geralmente sem camisas e shorts folgados (via-se tudo), que variavam entre as cores azul, vermelho e preto.
Minha prima comentáva:

-- Olha como, desde pequena já observa OS MENINOS. E com olhos brilhantes! Isso é ótimo.

É. Eu os olhava com todo o fascínio do mundo. Na verdade, eu gostaria mesmo é de estar entre eles. Queria jogar bola com eles.

R.

03/11/2010


[Esse é um pequenino conto. E lógicamente, uma historieta autobiográfica, real.]

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Bom momento.



Eu apenas tenho a agradecer a Deus. Pela ótima fase que tenho vivido. Fase esta que se iniciou segunda passada. Diante de tanta coisa ruim, sentimentos ruins, palavras ruins, vidinha ruim, ter um período de bonança é maravilhoso. Cara, eu sou uma pessoa boa. Sério mesmo. Não digo pra me vangloriar  não. Digo isso por que realmente acho. As vezes dá até raiva da minha bondade. Bom, mas isso é assunto pra um outro post. Acontece que, eu sou uma pessoa boa, e me perguntava sempre se eu merecia passar por tantos momentos ruins. Eu sei que ão sou perfeita. Erro muito e erro feio. E por estes meus erros, eu me calava diante esses maus bocados que atravessava. Penso: bom, sobre isso ou aquilo, eu definitivamente mereço.
Deus me conhece e sabe que sobre esses tais erros, eu me baseei naquele ditadozinho: aja duas vezes antes de pensar. E eu sou muito disso. Agir, agir e agir. Por impulso. Mas sou mulher o suficiente pra assumir pra mim mesma no que tenho errado e no que eu errei. Sei que magoei muita gente, fiz chorar e sofrer. Talvez por isso, certamente foram bem colocadas as lágrimas, dores e amarguras.
Mas acredito que paguei um bom preço por estes erros. E Ele agora está olhando por mim. Eu peço isso todos os dias. Peço por mim, pelos meus. Contudo, eu agradeço densamente a Ele por esta trégua. Esse momento de paz.
Eu estou mais madura. Mais relaxada. Mais "easy". Claro que mudanças não vêem de uma hora pra outra. Mas quando ela é natural, a gente nem sente. E eu acredito que tenho mudado. Em MUITOS aspectos. Esse período de "zica" me fez crescer, avaliar muita coisa, e me ver e as minhas relações com outra ótica. Sei também que o caminho é longo, árduo. Que posso titubear aqui, ou ali. E quem sabe, cometer alguns dos mesmos erros. SOU HUMANA. E falha demais. Mas trago em mim, uma vontade enorme que querer vencer, acertar. E disso, eu não vou abrir mão.
É fato que estou mais fortalecida. É fato que estou mais consciente em relação a um série de coisas. E sei que tenho muito a aprender. Eu confio o meu taco, e sei que posso conseguir.



R.